quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Às vezes...


Às vezes os assuntos externos nos parecem ser tão urgentes. Às vezes as palavras que chegam nos prendem por tão importante. Às vezes o mundo corre tão velozmente e inutilmente nos esforçamos a tentar acompanhá-lo.

Nascem daí o cansaço, a desesperança, os malfazejos atos. Queremos dar conta de algo que nem sabemos o que. E Isso pela culpa por não fazer o que nem sabemos como. Uma infortuna culpa e uma angústia inglória.

Extinguimos nossa divina criatividade. Esquecemos nossos divinos ensinamentos. Negligenciamos nossos divinos corpos. Sobrepujamos nossa divina Natureza.

Às vezes uma pausa é necessária. Às vezes um passeio na mata é urgente e preciso. Às vezes brincar desavergonhadamente com uma criança seja a resposta à nossa incessante pergunta. Às vezes, se entregar para a tamanha loucura de não termos a mínima noção do que fazer, de onde viemos, onde estamos e pra onde vamos, seja a mais prudente decisão a se tomar.

Às vezes pedimos por ajuda. Às vezes imploramos por clareza. Às vezes desejamos tantos de sermos bem cuidados. Às vezes a cura vem de um banho de espuma, às vezes de um pé de manga carregado, às vezes em deitar na beira da praia, às vezes num carinho de um amigo na pele desnuda. Às vezes só mesmo da lua minguar.

E no meio de tanto “às vezes”, estão os “ sempres” a nos salvar: sempre tentar, sempre acreditar, sempre cantar, sempre orar, sempre rir e sempre amar. E que entre tanto “às vezes”, não percamos nossas vidas por sonhar, não gastemos nossas línguas por falar, não deixemos de ver o sol nascente e o sol poente de cada milagroso dia por brigar.
 
 

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